Dólar abre em queda, atento à repercussão das novas medidas de Trump sobre o tarifaço

  • 08/07/2025
(Foto: Reprodução)
Na segunda-feira, a moeda americana subiu 0,99%, cotada a R$ 5,4777. Já o Ibovespa encerrou em queda de 1,26%, aos 139.490 pontos. Nota de dólar Reprodução/TV Globo O dólar opera em queda de 0,11% nesta terça-feira (8), cotado a R$ 5,4718 às 9h03. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, só começa a operar às 10h. ▶️ Os investidores ainda reagem aos novos capítulos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na véspera, o dólar subiu quase 1% e o Ibovespa encerrou em queda de 1,26%. Nesta segunda, Trump prorrogou para agosto a volta das suas tarifas sobre importações, ampliando a janela de negociação com parceiros comerciais. A previsão era que as chamadas "tarifas recíprocas", que atingiram mais de 180 países, voltassem a valer nesta quarta-feira (9). ▶️ Apesar disso, o adiamento não gerou alívio no mercado. As tensões aumentaram à medida que Trump mandou cartas para notificar os líderes de 14 nações sobre a cobrança de tarifas de 25% a 40% a partir do próximo mês, e disse que os EUA ainda enviarão notificações a mais países nesta semana. ▶️ Trump também anunciou que vai impor uma taxa adicional de 10% a "qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics". (leia mais abaixo) A possível volta das tarifas preocupa o mercado devido à avaliação de que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros do país altos por mais tempo. Segundo analistas, o vaivém dos mercados deve se intensificar nos próximos dias, com o aumento da incerteza com a política tarifária de Trump e pela falta de indicadores econômicos relevantes. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,99%; Acumulado do mês: +0,81%; Acumulado do ano: -11,36%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: -1,26%; Acumulado do mês: +0,46%; Acumulado do ano: +15,97%. O novo capítulo do tarifaço Trump enviou nesta segunda uma série de cartas para diferentes parceiros comerciais. O republicano estabeleceu alíquotas mínimas sobre produtos importados que vão de 25% a 40% e têm vigência a partir de 1º de agosto. As cartas enviadas aos países seguem um padrão semelhante: Trump afirma que o gesto representa uma demonstração da “força e do compromisso” dos EUA com seus parceiros e destaca o interesse em manter as negociações, apesar do déficit comercial significativo. No domingo (6), Trump antecipou a medida e também afirmou que aplicará uma tarifa adicional de 10% a países que, segundo ele, “se alinharem às políticas antiamericanas do Brics”. Trump não esclareceu o que considera “políticas antiamericanas” em sua publicação. Autoridades do governo americano dizem que não há um decreto sendo escrito e tudo depende dos próximos passos do bloco. A declaração foi feita após o Brics divulgar a “Declaração do Rio de Janeiro”, que defende o multilateralismo e rejeita ações unilaterais, sem mencionar diretamente os EUA. O documento também reforça o papel de instituições como a ONU e pede respeito ao direito internacional, posições que contrastam com a política comercial mais agressiva adotada por Washington. A ameaça gerou reações imediatas. A China criticou o uso de tarifas como instrumento de coerção, enquanto a Rússia destacou que o Brics “nunca atuou contra terceiros”. A África do Sul, por sua vez, afirmou que o bloco busca apenas reformar a ordem multilateral global, sem intenções de confronto. A sinalização de Trump aumenta o risco de retaliações cruzadas e gera preocupações nos mercados sobre um possível novo ciclo de tensões comerciais globais, com impactos potenciais sobre a inflação e o crescimento econômico. Tarifaço: muda a contagem regressiva para o fim da trégua Nesta segunda, Trump também assinou um decreto que adia para 1º de agosto a data de retomada de seu tarifaço. A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano estava prestes a expirar, na quarta-feira (9), e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação. Apesar da promessa de firmar acordos, Washington fechou apenas pactos limitados com o Reino Unido e o Vietnã. A maioria dos países ainda tenta evitar as novas tarifas, que podem variar entre 10% e 50%. A União Europeia negocia para evitar sobretaxas em setores como agricultura, tecnologia e aviação, mas ainda enfrenta impasses com os EUA. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Trump tiveram uma "boa conversa", disse um porta-voz da instituição nesta segunda. Japão, Índia, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Suíça também correm para apresentar concessões de última hora. As propostas incluem desde maior abertura comercial e compras bilionárias de produtos americanos até investimentos estratégicos em setores como energia e tecnologia. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global. A situação influencia diretamente a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na semana passada, o presidente Jerome Powell voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/07/08/dolar-ibovespa.ghtml


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