Responsáveis por festa rave em que rapaz morreu afogado prestam depoimento à polícia

  • 17/04/2024
(Foto: Reprodução)
Lucas Dantas do Nascimento, de 28 anos, estava no festival Terratronic, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, no último domingo (14), e teria passado mal em uma piscina. Morte de jovem em rave no Rio de Janeiro é investigada pela 43ª DP (Guaratiba) Cristina Boeckel/ g1 Um dos responsáveis pela festa rave Terratronic, onde morreu afogado o sargento do Exército e motorista de aplicativo Lucas Dantas do Nascimento, presta depoimento na manhã desta quarta-feira (17) à Polícia Civil. O rapaz morreu em uma piscina do evento, que aconteceu no último fim de semana em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. O caso é investigado pela 43ª DP (Guaratiba). Um dos questionamentos dos investigadores é sobre como Lucas se afogou. A expectativa é que, além dos responsáveis, outras pessoas relacionadas ao evento devem ser chamadas para depor. O produtor do evento chegou com uma hora de atraso e não quis falar com a imprensa. A delegada responsável pelo caso também não quis comentar o caso. Parentes da vítima souberam por amigos que ele ficou cerca de 20 minutos debaixo d’água sem socorro. Lucas era ex-sargento do Exército Reprodução O corpo foi liberado do Instituto Médico-Legal (IML) de Campo Grande, também na Zona Oeste da cidade, na terça (16). O laudo de necropsia indicou que Lucas morreu por asfixia mecânica em meio líquido, ou seja, por afogamento. Na tarde do último domingo (14), Lucas teria se sentido mal e procurado se recuperar na piscina, um dos espaços da rave. Informações de familiares indicam que ele desmaiou e acabou afundando. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que Lucas foi levado para o Hospital Pedro II e não resistiu. Jovem morto em festa rave ficou 20 minutos debaixo d'água sem socorro, diz família Estava comemorando aniversário de amigo, diz mãe Paula Gerônimo Dantas, mãe de Lucas, disse que o filho estava no local para comemorar a festa de aniversário de um dos amigos. "Eles estavam lá para comemorar o aniversário de um amigo que tinha sido no sábado. Um monte de amigos e ninguém estava perto para socorrer o meu filho. O menino falou que ele passou mal e decidiu ir para a piscina se molhar, mas ninguém viu. Ele ficou mais de 20 minutos na água", destaca Paula. A mulher lembrou das qualidades do rapaz. A festa foi em um sítio de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio Divulgação "Meu filho era uma benção. Entrou no quartel como soldado, foi a cabo e depois a sargento. Ficou 8 anos lá (no Exército). Eu só tenho orgulho do meu filho. (Agora) Eu só quero uma solução. Por que não salvaram o meu filho? Tinham tantos amigos lá e ninguém viu meu filho lá. Houve negligência. Só quero justiça. Não quero que outras mães passem o que estou passando. Hoje foi a minha mãe, amanhã pode ser o filho de vocês. Pessoas passando mal e sem atendimento Em um áudio, uma jovem que estava no evento contou que presenciou outras pessoas tendo convulsões e não recebendo socorro dos paramédicos do local. "(Eu) vi uma mulher que estava babando lá também, espumando (o canto da boca), e os bombeiros ficaram parados, olhando. Não fizeram nada, não reagiram. Aí, uns amigos meus estavam perto e tentaram ajudar ela. Não sei o que aconteceu que ela voltou normal", disse a testemunha. Veja como era o local da festa Terratronic Reprodução "Foi negligência também. Eu acho que eles... Não sei, não sei, se tem equipe médica suficiente para socorrer (as pessoas). E isso é uma falha, né? Muita gente passando mal também, bombeiro passando para lá e para cá, mas não sei se resolvia o problema." O que dizem as autoridades Em um post nas redes sociais, a direção do "Terratronic" disse que Lucas deu entrada debilitado no posto médico do local e foi levado em uma UTI Móvel ao Hospital Pedro II, onde morreu. A publicação diz ainda que se solidariza com a família e se coloca à disposição para apoio necessário. A festa também emitiu a seguinte nota: “A equipe Terratronic esclarece que o evento realizado no último domingo 14/04/2024 aconteceu com toda a documentação necessária e exigida pelos órgãos públicos, atendendo todo o quantitativo de prestadores de serviços exigidos pela legislação, ressaltando que durante todo o período o evento contou com guarda-vidas, brigadistas, posto médico, ambulância, médico, enfermeiro e seguranças. Afirmamos que prestamos apoio e solidariedade à família do jovem Lucas Dantas do Nascimento e nos colocamos à disposição não apenas da família como das autoridades responsáveis pela investigação. Estamos acompanhando o caso com bastante atenção e cientes de que ainda não temos o laudo do IML, logo, é leviano realizar qualquer tipo de especulação sem que antes saia um laudo apresentando a causa mortis.” O g1 tenta contato com a empresa para que ela comente as denúncias da família de negligência e de outras pessoas que teriam passado mal no local e não teriam sido atendidas. A Polícia Civil informou apenas que o caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz), e que os investigadores apuram as circunstâncias da morte de Lucas. Procurado, o Comando Militar do Leste lamentou o ocorrido e informou que Lucas Dantas deu baixa no Exército em março de 2023.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/17/responsaveis-por-festa-rave-em-que-rapaz-morreu-afogado-prestam-depoimento-a-policia.ghtml


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